A Copa do Mundo é, sem dúvida alguma, o evento esportivo mais esperado e, a cada quatro anos, milhares de pessoas ao redor do globo voltam a sua atenção para o campeonato mundial de futebol, que dura pouco mais de um mês. O torneio envolve seleções de 32 países e conta com 48 jogos.
A vigésima primeira edição da Copa do Mundo acontece, neste momento, na Rússia e é a primeira vez que o torneio acontece no Leste Europeu. Os jogos acontecem em 11 cidades-sedes e o evento termina no dia 15 de julho.
E a popularidade do evento não é para menos: a expectativa de espectadores para esta edição da Copa é de 3,4 bilhões. Em 2014, aproximadamente 1 bilhão de pessoas, entre torcedores no estádio e telespectadores, assistiram à final entre as seleções da Argentina e a campeã Alemanha, segundo dados da FIFA.
Um evento dessa magnitude se mostra benéfico para a economia, especialmente em países nos quais o futebol é popular, como no Brasil. De acordo com uma estimativa do Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, gerou cerca de R$ 30 bilhões à economia do país.
Quem ganha e quem perde no mundo dos negócios?
Em termos gerais, a Copa do Mundo traz impactos diversos para cada tipo de empresa e ramo de comércio. Algumas áreas da economia ganham destaque natural por conta do mundial de futebol e outras acabam sendo prejudicadas, pela de paralisação dos serviços durante a transmissão dos jogos do Brasil.
Setores naturalmente favorecidos pela Copa
Agências de viagem costumam faturar bastante meses antes da Copa do Mundo. O setor de turismo registrou, no segundo trimestre de 2014, um aumento de 11,1% em comparação com o mesmo período de 2013.
Segundo dados do IBGE, até maio de 2014, véspera da Copa do Mundo no Brasil, o setor do varejo teve um crescimento de quase 5%. Esse aumento aconteceu principalmente por ações voltadas para a Copa do Mundo e o Dia das Mães.
O setor de eletrônicos também apresentou crescimento no período que antecedeu o Mundial.
De acordo com um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa GfK, em 2014 a venda de TVs cresceu, aproximadamente, 60% por semana no mês que precedeu a Copa.
Já no período em que os jogos estavam acontecendo, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) calcula que o movimento nos bares cresceu, em média, 70% durante as partidas da seleção brasileira.
Outro setor que teve vantagem no mesmo período foi o e-commerce brasileiro. A E-bit revelou que o mundial de futebol aumentou a demanda de atendimento por chat em 18%. Já o atendimento por telefone e e-mail ultrapassaram ainda mais os números, conquistando um aumento em 70% e 20%, respectivamente.
O grande azarão dos setores é o digital. De acordo com o Google, em junho de 2014, mais de 2 bilhões de buscas sobre a Copa foram realizadas, o que configurou um aumento de 280%, em relação ao mesmo período em 2013.
Setores que precisam de estratégia durante a Copa
Um dos setores prejudicados economicamente durante a edição passada da Copa do Mundo foi a indústria. Curiosamente, um dos fatores que ajuda a balizar esses dados é venda do papelão ondulado – isso porque é o material mais utilizado como embalagem e transporte da maioria dos itens dos mais variados setores da indústria. Em junho de 2014, a venda desse item em especial caiu cerca 3,38%.
Mas o campeão em quedas em 2014 foi o setor automobilístico, que apresentou uma queda de 33,3% em relação ao mesmo período de 2013.
Como fazer um gol de placa nos negócios?
Os números registrados durante a Copa do Mundo realizada no Brasil em 2014, demonstram o quanto esse evento esportivo tem influência sobre a economia nacional. Tanto os setores que apontam um crescimento intrínseco ao evento, quanto aqueles que são mais prejudicados têm grandes oportunidades de alavancar os negócios, é tudo uma questão de estratégia – dentro e fora de campo.
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